quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A meia luz


A procura de pontos, de expor o explícito
de encontrar vias para perdição
ao perder os sentidos em sussurros e gemidos
no trabalhar de quatro mãos

cada detalhe é infinito
e o tudo as vezes tão pouco
a meia luz oculta os loucos
e revela o melhor do conflito

em superfície lavada
unhas nas costas cravadas
bocas em mero deguste
nada parece esforço
viril e suave o corpo
com marcas de dentes que surgem

incêndio que os consomem
corpos padecem de fome
efêmero em satisfação
fugaz e sutis movimentos
decanta o que foi no momento
o cume de toda emoção

terça-feira, 30 de agosto de 2011

...



Chegou sutil
encaixou todas as cenas
uma a uma vi centenas
do meu querer fez desafio

Aguçou meu imaginário
almejando reviver
os dias tão contáveis
e impossíveis de esquecer

Despertar


Acordar para um sonho
ao despertar de um pesadelo
dias vazios, tristonhos
em mim se fez segredo

Não fui além do que quis
fadado ao fracasso
clausurado em mim
só dores no espaço

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Folhas


No início era um ponto
desproporcional ao que havia
mas ganhou formas em dias
ficou verde e pronto!

Amarelou com o tempo
alimentou as lagartas
se dispersou com o vento
virou cinzas e fumaça.

sábado, 27 de agosto de 2011

Com passos e rodopios


















Com passos e rodopios
Infinita em cena
satura todo vazio
faz valer a pena

Difere a repetição
exprime a satisfação
doce e serena
os brilhos caem no chão
no ressoar da canção
a dor se faz pequena

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Margens

Corri sem sair do lugar
Cai sobre o meu sustento
De joelhos sem os flexionar
As margens de algum alento

...Preso na liberdade
Amordaçado à multidão
Tão simplória vaidade
Arredio o coração

Uma escuridão que encandeia
Tão cego ao que vir
Tantos conflitos em minha paz
Corre gelado o sangue na veia
Que até granizo expelir
Só a plena dor me satisfaz.

Seguindo a melodia

Foi numa manhã
inquietas árvores
expandindo flores
nascia a primavera

Seguindo a melodia
fim do eco de um cantar
de longe me invadia
estonteado a procurar

Lírico o canto
no encanto pude avistar uma bela, linda fera no íntimo instinto
no final da selva, num jardim extenso pairava um lenço branco
que voou dos seus lindos cabelos
uma linda inspiração
me joguei do meu cavalo
peguei o antes de ir ao chão
me apaixonei, trvavou minhas palavras, meu jeito, o meu olhar
falei não vá! suba em meu cavalo
conheça um mundo de emoção
óh! Princesa do meu coração
com seus lábios carmim, vestido de setim
vem ser a rosa no meu jardim
desfaz a solidão
é só dizer...sim!